Começou a festa da democracia com as conferências, municipais, estaduais e nacional! Isso soaria como música em nossos ouvidos 20 anos após a comemoração da Promulgação da Constituição Federal de 1988, a chamada constituição cidadã, imagine se não fosse, contudo, quando olhamos as práticas coaptativas e truculentas dos governos, principalmente dos chamados democráticos, fica a dúvida se isso é verdadeiramente a sociedade exercendo o direito democrático ou se é os governos usando a mesma para justificar os fins por ele mesmo.
Dentro do cenário das conferências uma é especial por ser sua primeira edição, digo da Conferência Nacional de Segurança Pública- CONSEG, que tem etapas: municipais e estadual, espaço de diálogo transversal, é uma tentativa de se criar uma cultura de elaboração de políticas públicas para o setor, via participação da sociedade, principalmente, de atores sociais comunitários, sempre visto pelo segmento fardado do poder, como pessoas desqualificada para tal debate, entretanto, o Ministério da Justiça, quer mudar essa ótica, construindo um sistema nacional de segurança, onde a prática de respeito aos direitos humanos sejam respeitado pelo os agentes de segurança do Estado em todo a sua instância federativa.
A criação do PRONASCI, Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, têm a função de ser o divisor de águas no que tange ao tema, porém, temos a certeza, que para além do nome bonito, esse programa deverá mudar as cabeças, corações e mentes dos senhores feudais da segurança do Brasil, digo isso, pois eles ainda continuam pensando como os velhos generais de pijamas do período militar, isto é, achando que povo é coisa ruim e que eles, e só eles devem ser ouvidos quando a matéria for pensar segurança como um novo paradigma do cenário social brasileiro.
A proposta de federalização da segurança pública, onde se deverá pensar a mesma com caráter preventivo, para que no futuro, não seja preciso exterminar, como faz o atual governo do Estado do Rio de Janeiro, ao meu ver é fundamental para construção de plano na área, entretanto, sem agregar a essas ações de políticas públicas de desenvolvimento urbano e sociais que venham transformar essa comunidades desassistidas, a mesma tende ao fracasso, neste sentido, devemos na condição de sociedade civil, dita organizada, demonstrar a partir de agora, que o técnisismos dado nas academias de polícias do Brasil, devem ser revistos, precisamos colocar nas grades curriculares, além dos ensinamento atuais, sem o viés do BATER e MATAR pelo que vejo, o que o movimento comunitário de educação pré-vestibular chama de AULA de CULTURA e CIDADANIA, e nela colocar como palestrantes, não os intelectuais de laboratórios, com todo respeitos a muitos companheiras e companheiras acadêmicos, mas, personalidades do movimentos sociais de notório saber reconhecido como: Jandira Rosa, ex-presidenta das Fed. Ass. Moradores - MAB, Nova Iguaçu e FEMAB - Belford Roxo, uma das maiores lideranças sociais da Baixada Fluminense, Solange Bergami, Coord.Geral do MUB de Duque de Caxias, icone da nova geração, Cota Ex. presidente da ABM - São João de Meriti, Marcelo Paixão - Economista e liderança do Movimento Negro , Ivanir dos Santos, Secretário Executivo - CEAP, personalidade internacional dos direitos humanos e outros.
Em fim, espero que algum desavisado gênio do poder público do Brasil, leia essas simples palavras de um militante comum da Baixada, que se um dia vier agregar a seu conhecimento um porcento do saber dessas liderança citadas, já poderá morrer feliz, pois terá a certeza que sua presença neste belo e triste planeta de certa forma contribuiu para o processo de humanização desta arrogante espécie planetária, que o amanhã não me desminta.
Conferências não é eleição, mas se fossem!!