Quero ao iniciar este artigo prestar condolência a todas as famílias das vítimas desta tragédia acontecida na E.M. Tasso da Silveira em Realengo-RJ, onde um jovem, ex-aluno da escola Wellington Menezes de Oliveira, sem histórico de violência, dentro e fora dela, adentrou a escola armado de dois revolver, um calibre 38 e outro 32 e vitimou até o presente 13 jovens em sua maioria do sexo feminino. Contudo, não podemos deixar de analisar o todo em torno deste episódio, e como sempre a nossa mídia, que desde o inicio de sua cobertura liga a mente doentia do jovem a um fundamentalismo islâmico, que não ficou evidenciado em sua carta deixada à família ou autoridades, onde todos os pontos o ligavam sim, a uma fé cristã, ainda que certos ritos fúnebres fossem de cunho maometano. Há quinze dias atrás ao visitar o Brasil, em especial ao Rio de Janeiro, o presidente do EUA Barak Obama numa palestra no Teatro Municipal, se referiu a mesma com o título popular de CIDADE MARAVILHOSA, não sabendo ele que sua passagem também nos traria um exemplo que é comum no seu país, o MASSACRE de pessoas por um atirador que nem sempre é um marginal da lei e sim um cidadão pacato, quase sempre isolado do convívio de grupos sociais que normalmente ele faria parte. Como pai de duas meninas, não é fácil escrever estas palavras e não se emocionar assistindo os relatos de crianças que viveram esse terror, entretanto, também como ativista de direitos humanos, não dá pra ver nossas autoridades falando de um ser humano, mesmo aquele que cometem atos deste nível como se estes fossem sempre a escoria do mundo, quando sabemos que não os são. Este jovem que cometeu neste dia 7 de abril este ato absurdo, estudou por 3 anos naquela unidade escolar, pelos depoimentos de vários colegas da época, ele sempre foi introvertido, ai vem uma pergunta: Onde estavam os professores e a equipe interdisciplinar da secretaria de educação, neste caso da escola, que nunca tiveram a preocupação de tentar ajudar este jovem a encontrar o mundo real que todos vivemos? Como educador social que sou, fico a pensar como pode professores lidar com uma pessoa de personalidade tão introvertida e não se preocuparem de saber se o mesmo não precisava de ajuda para superar tal situação que poderia estar vivendo. A tempo atrás fiz uma série de palestras para um entidade co-irmã que possuía um programa pró-jovem e minha preocupação maior era saber quem eram os jovens e de onde vinham, e isso fez com que em sua totalidade participassem das palestras de forma muito boa.
Espero que este triste episódio desta data faça nossas ditas autoridades a despertarem para essa nova realidade, nova pra eles, que para nós a muito nos tem assolado, o tráfico de drogas, o uso de álcool, a prostituição e as brigas entre alunos, entre alunos e professores, e entre professores e alunos. Como conhecemos a personalidade destas autoridades, sabemos que depois da mídia deixar de falar no assunto do massacre, eles se quer irão tomar quaisquer medidas para evitar que isso volte a acontecer, contudo, como sabemos que seus filhos não estudam em escolas como as nossas, e sim naquelas de alto padrão, onde a segurança é feita com padrão de qualidade, isso para eles não será ponto de pauta importante de sua agenda política, pois é mais fácil não é seu governador, chamar de psicopata e mostro um jovem que nunca demonstrou como vimos nas diversas reportagens sinal de violência, do que assumir que a política educacional do estado falhou novamente no seu papel de transformar o individuo, e de identificar pessoas que antes de se tornarem assassina, apenas precisava de atenção e carinho para se encontrar, isso é o ser humano, um ser maravilhoso da natureza, porém, capaz de se transformarem em algo inimaginável, o médico e o monstro ocupando o mesmo espaço. Se o Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa, hoje ela vive seus dias de Columbine, será que foi isso que Obama tentou dizer no seu discurso, EU SOU VOCÊ AMANHÃ... Rico e desigual, e cheio de loucos para todos os lados. Para aqueles que acham que tirar as armas da mão do cidadão e o único caminho para evitar isso, devemos dizer também que; tornar nossa polícia à polícia inglesa também tem que ser a meta, pois com a polícia que temos hoje no Brasil, que executam jovem, que fazem milícias e participam do crime organizado, com a palavra a polícia civil do Rio de Janeiro, não é a polícia que irá nos defender dos possíveis marginais que iremos encontrar no caminho, em fim, entre mortos e feridos, temos um herói, o sargento PM Marcos Alves , se quer irá passar por uma analista após este fato, como acontece em países sérios, que não é nosso caso, e como recompensa do seu heroísmo, receberá aquele soldo maravilhoso no final do mês, que nem deve dá para ela manter sua família, obrigado policial por cumprir seu dever, e me desculpe pelos políticos não cumprirem o seu, como no meu voto, no que tange a dá a nosso policial o justo tratamento de um cumpridor da lei e evitar que eles também, em nome da defesa da sociedade, se transforme no monstro que tanto o governador gosta de chamar as pessoas que cometem crime no estado. Será que nunca ter explicado a casa no valor de 5 milhões na Costa Verde do Rio de Janeiro, faz de alguém um criminoso, se faz, é monstruoso isso...
